sábado, 19 de fevereiro de 2011

EM VÃO



A mão na testa a escorregar
a pender para o vazio do dia.
Os músculos fatigados
de tantas horas presos a quase nada.
O peito cansado dos Slims fumados
pés macerados de vagabundear
sobre acontecimentos ansiados.
Não valeu a pena acordar enrodilhada
em tão grande saudade
acocorar-me como louca
assim perdida no tempo.
Os olhos fecham-se
recusam-se a fazer Login
nos últimos instantes do dia.
Foi em vão o esforço programado
Foram retalhos tesourados
e a muito custo alinhavados.

MV

4 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Quando o programa não funciona, é porque há detalhes errados...
Belo poema, querida amiga Marta. Não foi em vão que aqui vim...
Beijos

PS´s:
1) não sei o que são Slims... são cigarros? Sou fumador e não conheço...
2) acreditas que a verificação de palavras é login? Será que as letras são escolhidas "aleatoriamente" no texto publicado?

tecas disse...

Sou da opinião do poeta Nilson, quando as coisas não funcionam, algo está errado.Nem tudo é em vão, querida Marta, há sempre esperança.
Uma Lua com Dona, tem que ter luar...é uma questão de saber onde ir procurar, por vezes dentro de nós.
Adorei o teu poema.
Obrigada por visitar o meu blog e deixar comentário.
Bjito amigo querida.

Secreta disse...

Por vezes as coisas não acontecem como desejava-mos...
Beijito.

Armando Sena disse...

Apetece-me dizer, porque a vida é dura:

"Mas, aqui chegados sem pedir
Reúne-se toda a força que nos resta
Retira-se o que afinal de nada presta
Que o único caminho é seguir"