Morder os sentimentos até ao osso
para que as palavras comecem a falar
-seja a gemer, seja a gritar.
Que a planície acorde da lassidão
e acordem as mãos que retraio no peito
Que sopre uma brisa musical
e me devolva as cordas do violino
Que as pupilas cresçam nómadas
e descubram novos fulgores para os sentires
na íris, há tanto tempo acomodados
Que o luar me volte a lamber os dedos
e faça estremecer as imagens apagadas no peito.
MV