Sempre as palavras a viverem dentro da cerca
quase secas, quase esquecidas
Pedem aos dedos que as exortem
a desbravarem-se em colinas de afecto
Aspiram libertar odores da lua
inflamar o ar em que se propagam
desvendar o mistério dos passos com que dançam
Mas o seu perfume fica sempre inatingível
Se as palavras não soletrassem na gaguez
se fossem capazes de tocar a tua alma
o verde em mim funcionaria
MV