domingo, 3 de outubro de 2010

VENTO



 Maestro de orquestra do ar
de batuta em direcções livres.
Algazarra de línguas desentendidas
entre as malhas frágeis do silêncio.
Açoita e algema nuvens
que choram gotas desiludidas,
desalinha a serenidade do ar,
grita canções asfixiadas,
desfaz carreiros de formigas
em furiosas golpadas.
Ateia o lume da fogueira
entre palavras quase abrasadas.

Vento! Símbolo arruaceiro do coração,
voz da poesia onírica escrita pelas mãos.

MV

2 comentários:

mundo azul disse...

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...o vento! Invisível e poderoso... Inspirou belos versos!



Beijos de luz e o meu carinho, sempre...

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Fernanda Rocha Mesquita disse...

Dos poemas mais belos e sgnificativos sobre o vento que ja li, que tembem me diz tanto!