Por entre a chuva passam palavras
que ficam transparentes
e que espelham tudo o que me envolve.
Ou ficam negras e toscas
ofuscando o que sinto.
Quero pintá-las de branco
da cor da lua e da cal
mas o branco da paleta sumiu.
Pinto-as, então de lágrimas
e, aí, perdem a forma e o cheiro
esquecem-se do sonho
e tornam-se invisíveis
aos olhos pintados de nada
à espera do branco da paleta
da cor da lua e da cal.
MV
7 comentários:
Marta,
Nos teus olhos não há serenidade,
notam-se as lágrimas no teu rosto.
Que secreto desgosto
roubou ao teu olhar a claridade
como se chovesse em pleno Agosto?
Beijos...
AL
Belo poema....Gostei
Minha querida
Peço desculpapor ir entrando assim, mas gostei do que li, estou seguindo para voltar mais vezes.
Beijinho
Sonhadora
As palavras perdem-se por vezes, mas sempre existe uma forma de fazermos com que se firmem perante nós e o mundo.
Beijito.
Marta... novas coração vão renascer dando leveza e beleza aos seus dias... Tenha uma ótima semana!
Um beijo carinhoso
Qual Garcia Lorca qual quê!!!!!
Oh Dona de tão bela poesia,dá-me um pouco da tua arte de em verso dizeres o que te vai na alma....
Parabéns...
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