quinta-feira, 6 de agosto de 2009

SEM TÍTULO (II)


foto MV



Como os dedos pousam leves
nas teclas do piano
a andorinha de asa azul
pousou sobre a pérgola da tarde.

Sonatas vão-se desfolhando…
trespassando a espessura dos sentimentos.

Deixo-me “prostituir”
submissa ao chamamento de Tristesse
enquanto afrouxam os pregos de aço do dia.

O silêncio torna-se livre.
Abro a mão e solta-se a borboleta.

MV


18 comentários:

Anónimo disse...

um silencio livre é reencontro de alma...saudade...tristeza...e esperança...que dançam juntas no mistério da existencia...

bj p/ti

Maristela disse...

Oi Marta, saudades de vc.
que bom que vc voltou!

Ana disse...

Marta, obrigada, deixo no meu blog uma prendinha podes levá-la:)

Boas férias tudo de bom para ti(tb vou estar ausente)
Bjinho cheio de carinho :)

Fátima disse...

Sublime!
Continuação de boas férias.
:)

A.S. disse...

Marta...

É deliciosa a beleza poética que emerge deste poema!!!
Pura emoção!


Beijos...

CarlaSofia disse...

Sinto um poema de emoção e de entrega.
um beijinho e continuação de boas férias
~universosquestionáveis*

Daniel Costa disse...

Marta Vasil

Bela poesia e borboleta solta podem formar um conto de beleza infinita.
Beijos,
Daniel

Sonia Schmorantz disse...

Lindo Marta, deixe a tristesse nas asas azuis de um pássaro e ela logo voará para junto do céu, volta a serenidade e a paz...
beijos, lindo final de semana

Flor de Lótus disse...

Boa noite!
Ah esta lua com dona!rs...
Não vai ficar nada para mim...rs...
Possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea."

(Allan Kardec)
Linda e abençoada semana!

Lago Mudo disse...

Suave e doce surrealismo. Adoro...

utopia das palavras disse...

Os pregos dos dias que acorrentam o silêncio, cegam o olhar da borboleta que tantas vezes eu quero ser!
Inspirador o teu poema, Marta!

Beijo

Aníbal Duarte Raposo disse...

Abro a mão e solta-se a borboleta...

Gostei particularmente deste verso.

Beijos

poematar disse...

Belo, mas retiraria as aspas em prostituir, ou não? estou em pausa de férias, a ver se me encontro mais com o mar. andei por esses lados - Vila Nova Milfontes. Gsotei muito. Na net, pausa; vou aparecendo quase impercepetível. Um abraço.

EDUARDO POISL disse...

De tudo ficaram três coisas...
A certeza de que estamos começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos
antes de terminar...
Façamos da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro!

Fernando Sabino

Hoje passei pra deixar um poema para refletir e desejar uma semana linda com muito amor e carinho.
Abraços.

Nilson Barcelli disse...

A perfeição não existe em poesia. Mas, se fosse lícito afirmar tal coisa, eu dir-te-ia que este teu poema é realmente perfeito.
Magnífico querida amiga, escreveste um excelente poema.
Um beijo.

Ricardo disse...

Solta-te mulher, vais te sentir melhor! :) :)

Beijo

Anónimo disse...

A liberdade expressa em palavras soltas lentamente, ao sabor de uma calma e serena melodia, composta ao fim da tarde...uma expressividade poética que merecia mais atenção. A partilha das suas emoções deverá ser importante para si, sem interferência da delicadeza tantas vezes e só expressa.
Boas férias

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

Ao anónimo

Obrigada pelas opiniões e conselhos.


Continuação de boa semana