sexta-feira, 14 de maio de 2010

OPACIDADE



A tarde colhe sonhos
e o ribeiro desce fulminante.
Leva nas águas oculta a vaidade
e corre tão à pressa,
tão cego,
que não repara no poejo sedento
na margem do poema a secar.

Diz-me ribeiro
se tudo isto é apenas vaidade
ou se sob cada pedra que roças
escondes um poente aceso de verdade.

MV

5 comentários:

Eu disse...

Verdade são essas ricas palavras deslizando por nossa íris.

Um beijo carinhoso

Fernanda Rocha Mesquita disse...

Ola Marta. Belo comentario feito no lacos de poesia.Obrigado! Bela descricao esta, neste poema onde tudo se parece movimentar em redor de uma pergunta onde a resposta parece passar em silencio mas nao quieta.gostei. Boa semana!

Secreta disse...

A verdade está sempre algures...

Fatima disse...

A verdade é que nos prende com a sua escrita, e faz-nos viver com ela num mundo riquíssimo de palavras.Obrigado.

Bjo
Fatima

Eu disse...

Obrigada Marta por sua visita ao meu blog!
Adoro receber as suas palavras!

Um beijo carinhoso