A noite engole vozes cansadas.
Só permanece o trote da mulher
que voa as crinas desenhadas em aço.
Atravessa lodo breu e suja os lábios
inclinados em conspiração de silêncio.
Vira-se o vento nas veias,
enquanto conjuga outros verbos no poema.
De suor projectado em doces orvalhos
multiplica apelos suculentos a frutos
que espreitam em postigos iluminados.
Encolhendo o corpo entre minutos de lama
a mulher segue a trote e cresce
para a boca de uma nova madrugada.
MV
5 comentários:
Nova madrugada, nova visão de sentires.
Beijito.
Um poema que projecta, já, optimismo, uma saúde que desperta através da mulher que "trota". Obrigado pelas tuas palavras no blogue. É. A M. Faithfull não é muito divulgada, nem seria de outra maneira... Eu gosto. Irei publicar mais vídeos dela. Ainda estou bastante "atrapalhado". Veremos se daqui a 8 dias já "respiro" um pouco melhor. Tudo de bom.
Marta...
Belo o teu poema!
Madrugadas de fascinio e ilusões, querendo confundir os nossos corações...
Beijos
AL
"... e crescepara a boca de uma nova madrugada."
Excelente poema, gostei imenso.
Querida amiga, boa semana.
Beijos.
(...)
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