No lugar onde o vento pára
acalmam os olhos rasos de tempestade.
Imobilizam-se os poros da terra
repousa o cardo,
a urze, a esteva.
O dorso do rio prende a canção nocturna
enquanto a lua suspende a respiração.
Nas estrelas o estremecimento pára
e as aves recolhem o voar.
Do céu um silêncio parido
abençoa a terra sem o mais leve movimento.
Ela é a única que se eleva
para não se afogar na virgindade do silêncio.
MV
7 comentários:
Poema livre equilibrado, com o poético vazado na medida certa, prezei ler, pela adição e inspiração das palavras e nomeação precisa. Vou seguir seu blog. Minhas saudações, Paulo.
A riqueza de seus poemas me impressiona.
Que a sua semana seja rica em momentos de muita felicidade.
Beijos com o meu carinho
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...bonito, bonito, bonito!
Nem sei por que, fazia tempo que não vinha aqui...
Beijos de luz e o meu carinho!!!
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Marta...
Um poema reflexivo...
Por vezes precisamos que tudo se imobilize, para que surja na plenitude a verdadeira essência da vida!
Beijos!
AL
Uma bela presença da natureza neste teu poema, no qual a terra é valorizada como um bem que "se eleva" no "silêncio virgem" - verso enigmático encerrando o poema, interpelando o leitor. Bom fim-de-semana.
Bem bonito,
este seu poema!
saudações poéticas
"Ela é a única que se eleva
para não se afogar
na virgindade do silêncio."
Marta, querida amiga, a tua poesia é magnífica. Gosto imenso da forma como escreves.
Beijonhos...
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