Ordeno-te vento
que rujas em palavras de cor sépia.
Ordeno-te mar que te revolvas
e afundes as palavras
apeadas de falsos cruzeiros.
Ordeno-te ferrão de vespa
que sigas em voo rápido
e ferres com teu veneno
as palavras assinaladas.
Ordeno-te fogueira em crepitação
que alteies o vigor da tua chama
e queimes a lenha podre
das palavras que te ateiam.
Ordeno-te tesoura de lâmina afiada
que cortes com fúria
sílaba a sílaba,
todas as palavras.
Na vaga mais alta que o mar pariu
instala-se um cemitério de palavras de cor sépia.
MV
10 comentários:
MM = MartaMaga eheh
bem, este poema está uma potencia q até estremece quem lê...e se bem percebo, trata-se de exorcizar fantasmas do passado, ora mt bem, q a sépia dê lugar a palavras multicolores.
bjs e dia feliz
Olá Marta desapareceste do meu convívio, nunca mais passaste por lá.
Gostei muito das tuas palavras poéticas.
Beijo
Isabel
Martinha, poe la os seguidores do blog, desde o Asas q te sigo e tu nem ligas...lol
bjs e dia feliz
Obrigado pelos votos expressos no meu blog.
Bem haja
Palavras fortes para deixar um mundo suspenso de palavras, pintadas a sépia.
Gostei.
Deixo um sorriso
e voltarei
Minha amiga, que palavras tão cruéis foram essas?
Que sejam então exorcizadas!
Belo, sentido e forte o seu poema...
Beijos de luz e o meu carinho!
Gosto desta fúria poética, de palavras rasgadas por ordem superior. Gostei desta "garra"!!!
Foi bom começar assim o dia, debaixo desta chuva que me lava a alma extasiada.
Beijinhos de carinho, amiga***
Ai este ordenar, este mandar...
Faz-nos sentir que por ali anda uma voz de trovão vinda da fundo da alma do mundo.
Este poema é de se declamar em sentido
Que poema, que profusão de imagens. E há mesmo essas muitas palavras que gostaríamos que fossem cortadas. Gostei muito desse blog. Volto depois para ler mais. Grande abraço!
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