Alvoreceu a manhã com chuva.
Sem rodeios. Sem pré-aviso.
Pérfida, estilhaça-me a brisa em que me sustento.
Adensa, depois, na inquietude da tarde.
Já com o crepúsculo desassossegado
meço a pluviosidade caída
inesperadamente
dentro do meu peito.
O pluviómetro canta então uma canção triste
cuja musa foram as lágrimas recolhidas.
MV
Sem rodeios. Sem pré-aviso.
Pérfida, estilhaça-me a brisa em que me sustento.
Adensa, depois, na inquietude da tarde.
Já com o crepúsculo desassossegado
meço a pluviosidade caída
inesperadamente
dentro do meu peito.
O pluviómetro canta então uma canção triste
cuja musa foram as lágrimas recolhidas.
MV
16 comentários:
Sabes Marta, há poemas que nos saem belíssimos mesmo que inundados de tristeza:é o caso deste! E sabes que peço ao céu para que não chova em ti, pk és minha amiga e te desejo bem...Estou ctg, para além da poesia das palavras escritas, tens um ombro amigo de realidade.
Fica bem, minha querida.:)
Bjo grnd luz e paz
Namastê
Querida amiga
Passo para lhe desejar PÁSCOA FELIZ.
Beijinho com ternura.
António
A poesia não precisa de ser triste...
Mas, felizmente, nem todas as lágrimas são sempre de tristeza...
Um poema que correu nas veias e saiu directo ao papel-blogue; um todo orgânico que define bem a força, sensibilidade, inquietação e o talento. Veja-se o óptimo verso "Pérfida, estilhaça-me a brisa em que me sustento". Ele, só, é um poema. Veja-se depois como evoluiu, da inquietação, quase futurista, para um lirismo, no qual o eu emerge acolhendo a transformação operada pela autora. Veja-se o final (mais um fabuloso dístico) - a "chuve pérfida" tranfigura-se em "lágrimas recolhidas" no "peito". Belo! Só estou triste por este talente ainda NÃO TER PARTICIPADO NO MEU DESAFIO-surpresa. Vá lá, Marta, a poesia precisa muito de ti lá! Uma Páscoa com muita sáude e alegria!
Obrigado pela participação. Podes voltar que está a crescer até 25 de Abril. Beijo.
Oi minha querida amiga
Passando para desejar uma Páscoa feliz com muito amor carinho...
Poema de encher os olhos...lindo
Beijinhos no coração
Que tenhas uma nova semana iluminada!
beijos
Mesmo sendo época de coelhinho, meu computador esta mais para tartaruga, por isso só estou passando para desejar uma linda semana com muito amor e carinho.
Um grande abraço
Eduardo Poisl
Cara Marta,
Bonitas e tristes palavras.
Beijos
Um poema que não esquecerei!
Beijo com carinho
Olá Martita
Venho a correr deixar-te dois selinhos para animar a semana que começa. E um deles é UAU!
Volto para comentar o poema melancólico como a chuva.
Beijinho grande
Isabel
Amiga Marta, vim dizer~te para te dirigires ao blogue OUTROS SORRISOS
BUSCAR UMA PRENDITA.
bEIJINHOS
iSABEL
Talvez um raio de LUZ penetre essa chuva e traga alento ao teu coração.
beijinho
~universosquestionáveis~
Um belo poema, sem dúvida. Revitaliza a analogia sempre funcional e sintomática entre a natureza e o sentimento, mas fá-lo de uma forma original, impensada antes. Adorei.
Olá Martita
Hoje também estou assim como o teu poema, contagiada pela chuva que cai lá fora. É esta osmose da natureza com a nossa interioridade que faz da tristeza um sintoma da nossa fragilidade, ou da nossa sensibilidade.
Beijinhos
Isabel
Há muito tempo que te vejo em comentários de amigos comuns. Ontem estive a ler-te e fiquei maravilhado com a tua poesia. Gosto mesmo muito da maneira como escreves. Parabéns.
Um resto de semana boa para ti.
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