sexta-feira, 11 de setembro de 2009

COR DA RESIGNAÇÃO


Veste-te de rosas
se a fera te açoitar

Veste-te de cravos se
a sanguessuga te sorver a alegria

Veste-te de lírios
se a lama te abafar a pele

Veste-te de malvas
se o lacre te colar os dedos

Ou veste-te de luto
no dia em que te rendas
resignada
à ferida a alastrar no peito
à enfermidade da alegria
ao adensar da lama

Veste-te de preto-luto
no dia em que não consigas violar o lacre
assente entre os dedos das mãos.

MV

(dedico este registo ao Jota - blogue POEMAR- TE)

9 comentários:

Daniel Costa disse...

Marta

O poema nascerá de uma ideia interessante, talvez a dar ao exoterismo, porque creio conter um subterfúgio que se pensa em extrapolar. De qalquer modo, tenho de o considerar muito imaginativo.
Parabéns pela dedicatória.

Beijos,
Daniel

fas disse...

Cada vez melhores os poemas e as fotos. Gostei especialmente deste.

Sonia Schmorantz disse...

Que bom voltar a ler o que escreve!
Beijo, lindo final de semana

EDUARDO POISL disse...

"Que seja eterna a vitória dos seus dias,
mesmo quando eles lhe derem
a impressão de fracasso.
E nunca se esqueça que atrás das nuvens
sempre existirá sol."

(desconheço o autor)

Hoje passando para desejar um lindo final de semana com muito amor e carinho
Abraços do amigo Eduardo Poisl

poematar disse...

Que lindo! Fiquei contentísimo por o meu poema ter servido para alguma coisa... e boa. Que bom! Continua. Beijo.

utopia das palavras disse...

Não será certamente a cor que te veste os dedos e os versos!
Muito bonito de se ler, feliz dedicatória!

Um beijo para ti, Marta

Eu disse...

Vestiste de palavras belas para compor tão bela criação!

Beijos com meu carinho para você!

mundo azul disse...

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Bonito e reflexivo, Marta! Gostei do seu poema!


Beijos de luz e o meu carinho...


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Nilson Barcelli disse...

Um magnífico poema, bem construído e muito criativo. Gostei imenso querida amiga.
Beijo.