Outra vez sentada no jardim
de cotovelos apoiados
no parapeito do meu silêncio.
Sinto as raízes da inquietude a habitarem-me.
A espremerem-me em dentadas.
No lago, sob os velhos chorões
o cisne coça-se debaixo da asas.
Sacode as penas, sacode o ar.
Fragrâncias alastram em liberdade.
E de repente…
afasta-se a inquietude que me povoa
segue a excitação dos pássaros
afinca-se nas copas das árvores
e, cheia de sono, adormece
enquanto o café que bebo,
me fala baixinho de pétalas de ti.
MV
7 comentários:
De rica sensibilidade, no ato de descrever cenas onde ocorre o poético e inspira o eu-poético. Sensibilidade serena, aparentemente parecendo um poema circunstancial, mas transcende-o a isso. Párabéns.
Paulo Tuba/Claudio Sousa.
Ola' recebi um selo o qual dedico a alguns blogs que me sao queridos. podera ir busca-lo em Viver e Sentir, nas etiquetas ao fundo do blog. E sum simples tributo do muito que aqui tenho aprendido e da boa leitura que me proporcina
fernanda
Um momento íntimo que faz voar a mente...
Perfeito
Beijo
Magnífico poema, querida amiga Marta.
Gostei imenso das tuas palavras. Excelentes.
Beijos.
Marta...
Tão lindo!!!
A construção poética do poema é belissima!
Teus poemas são inconfundiveis!
Beijos!
AL
fortes momentos em que as vozes da natureza se acotovelam com as nossas vivencias. e apenas quem os sente os consegue descrever assim.
ao escreveres assim lancas frangancias da vida que nos alcancam e nos fazem deleitar em cheiros e cores de mundo profundo em que mesmo o marcar do tempo nao apaga
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...cada verso descritivo, brota pleno de ternura emoção... Gosto muito da sua poesia!
Beijos de luz e o meu carinho, GRANDE!!!
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