Quatro invernos de estátuas passados
enquanto as mãos rasgaram caminhos
talvez a cumprirem penitência.
No mistério das sombras
ela solta a língua:
lua lírio brisa
veleiro sonho.
Diz qualquer coisa.
O eco solta-se contra o tempo
morde-a e ri
ri até que as gargalhadas assustem os pássaros
e a levem enjeitada nas asas.
A lua nasce desassossegada
entoa brilhos desconcertantes
e o perigo rompe nas noites.
Deixa-se seduzir
nos círculos que a noite desenha.
nos círculos que a noite desenha.
A poesia exacerba-lhe os desejos das mãos
e depois corrompe-lhe a dureza da razão.
MV
7 comentários:
A poesia escorre pela lua...com uma beleza impar.
«O eco solta-se contra o tempo
morde-a e ri
ri até que as gargalhadas assustem os pássaros
e a levem enjeitada nas asas»
No « Círculo da noite» encontrará pirolampos brilhantes como as estrelas no céu. E não mais as gargalhadas assustarão os pássaros.
Bjito e uma flor.
Que fortes os dois últimos versos...que belo poema.
Um triunfo do desejo.
Parabéns
Terminou arrebentando!!
Concordo com essa dureza da razão!
Muito bom...
[]s
Adorei estas tuas palavras :)
Beijito.
Fabuloso.
A tua poesia é de elevadíssima qualidade. Parabéns.
Beijos.
Adorei, está perfeito, está belo este poema, beijinhos :-)))
Lindo...lindo!
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