terça-feira, 23 de setembro de 2008

VAGAS

Galopam selvagens quebrando a paz da areia.

Encostam o ímpeto que trazem na espuma

às rochas inertes gastas pelo tempo.

Acordam sonhos presentes

(que não dei conta de amanhecerem)

numa voz que os segredos agasalham.

Trazem uma história escrita em voz frágil

- frágil como este entardecer -

com personagens que quis inventar.

Vejo-a imiscuir-se no seio da água

e fico inquieta na clareira

que as ondas desenharam no chão da areia.

Olho as nuvens em sobrevoo das vagas

e fixando a expressão triste do teu olhar

dactilografo palavras na água do mar.


MV

1 comentário:

Paulo Afonso Ramos disse...

Belo momento desenhado neste quadro da imaginação e exposto nesto mundo virtual. Gostei muito deste "VAGAS"
Vou continuar a ler estes momentos mágicos mesmo que por vezes venham acompanhados de alguma nostalgia ou tristeza. Vale a pena ler. Sempre!
Abraço