entrava em mim
e a mim me demitia.
Rasgava as telas que à noite “pinto”
com pincéis molhados em desassossego.
Apagava as tempestades
que nos quadros difusos retrato.
Riscava a azul, em jeito de censura,
as palavras que construo
com sílabas desordeiras.
Se eu fosse alguém
calava os silêncios que me sufocam
na voz de tantas palavras.
MV
3 comentários:
"Se eu fosse alguém"
Voava nos tempos
e chegava de mim
até ao mais nobre sim
para validar o poema
que há em cada mente,
sentiria cada emoção
encolhida na minha mão
e libertava-a
como qualquer pomba branca.
Se eu fosse alguém
poderia ver
os que fora de mim
voavam para dentro
e os que voam de dentro para fora
assim, libertava a voz
que mandasse em cada fim.
Se eu fosse alguém
todos seriam também...
Poema lindo e já agora bem comentado pelo Paulo Afonso!
Beijinhos
Olá Marta,
Sem sossego no silencio!... que as palavras cruzam os sentidos os confundem...
As telas pintadas na noite de tempestade podem mto bem ter a luz dos raios ... durante a trovoada...
Tantas palavras e silêncios amenos...
beijinhos das nuvens
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