segunda-feira, 17 de novembro de 2008

SOMBRA


Sombra que a mim se encosta
em turvos movimentos de flor vergada
na lágrima enfeitiçada que escorre
em face de palidez alimentada.

Sombra de Outonos indefinidos
em repouso no silêncio da mão
sombra de vagas esbatidas
pelo lápis, em punho, no coração.

Sombra do fogo em crepitação
página a página a desfolhar
sombra maga e quente do poema
onde o lápis se foi espreguiçar.

MV

9 comentários:

nas asas de um anjo disse...

a sombra persegue-nos sempre, quer queiramos, quer não...suportamos o peso da nossa, existencia, já é obra precisamente pk ela implica o peso, e tb a leveza, de outras sombras q nos (per)seguem em memória, desejo, poesia...
bjs e ânimo, Marta!
gostei da frase final do lápis.

Anónimo disse...

as sombras muitas vezes nos servem de refrigério,outras de referência ou de alerta...
Obrigada pelo comentário em meu blog!
Mas acho que a homenagem não foi tão importante para quem a recebeu ou pelo menos não demonstrou!As vezes sou romântica demais...

rmf disse...

Porque será que eu percebo tudo o que escreveu?

Se calhar direi também... ânimo!

Um abraço fraterno.

PS - Sou seguidor dos seus comentários, do blogue é a primeira vez, portanto, vou dar uma voltinha pela lua...

BC disse...

"Sombra maga e quente, onde o lápis se foi espreguiçar"
Amei estes dois versos.
Beijinho
Isabel

Tentativas Poemáticas disse...

Marta
Fui enganado pela Sombra. Perdi-me e fui comentar na publicação Há Tanto Tempo.
Obrigado pelo favor da sua amizade.
Beijinhos
António

vieira calado disse...

Gostei do ritmo.

E obrigado também pelas palavras sobre o meu poema.

Cumprimentos

nas asas de um anjo disse...

para te animares, uma lua de carinho...bjs

ah, este vergílio curioso!rs

Maria Manuela Amaral disse...

Marta,

Concordo com a bc, também adorei estes dois versos: "Sombra maga e quente, onde o lápis se foi espreguiçar"

Um beijo enorme neste teu poema!

PS: Obrigada pela tua visitinha linda e sempre de porta aberta.

Beijinhos***

José Manuel Brazão disse...

"Sombra do fogo em crepitação
página a página a desfolhar
sombra maga e quente do poema
onde o lápis se foi espreguiçar. "

Um final de grande nível literário!
Só podia ser criado por "Uma rosa na mão"

Beijos minha querida