sobre os passo vacilantes
dos dias opacos e densos
de tanta laranjeira sem flor.
Cansa-me o peso das mãos
a vacilar sobre o corpo cansado
de tantas palavras escrever
no rebentamento das vagas.
Cansa-me o peso das palavras
a vacilar sobre o papel
em sonhos que estrepitam na noite.
Cansa-me o peso dos sonhos
espalhados em golpes de vento
a vacilar sobre noites que renegam o luar.
Cansa-me o peso do vento
a vacilar sobre lágrimas acordadas
ditadas nas encostas dos rios
Cansa-me o peso das lágrimas
que pernoitam em mar revolto
a vacilar sobre a alvorada da serenidade.
Cansa-me o peso da vacilação.
MV
3 comentários:
uma existencia cansada tao bem descrita...tb me sinto assim, hj!bjs e fica bem, Marta
...cansa mesmo!
Por vezes é preciso tomarmos decisões e nos desfazermos do bolor dos nossos armários, caso contrário, ele nos sufoca...
Belo poema, minha amiga!!!
Beijos de luz e o meu carinho...
Marta querida
Espetacular este teu poema...
Parabéns amiga
Assim, sinto-me por muitas ocasiões
Beijinhos doces n'alma
Enviar um comentário