Nesta cama solitária
cansada do peso de outros corpos
escondo o rosto no canto das ondas.
Num rebentamento de pensamentos
talho moldes de palavras
que experimento no teu corpo.
Alinhavo… aperto… alargo…
baixo bainhas… levanto bainhas…
Com as mãos já frágeis
faço e refaço moldes
e mesmo assim
não sei a medida certa
das palavras que hei-de costurar
quando a cor da madrugada aparecer.
MV
6 comentários:
com a madrugada vem a palavra de cor
e na magia do dia, nasce mais um poema com o nome de vida...
não sei
abraço
Logo vês na aurora as palavras tomarem o raios de sol e o colorido no pensamento inspira-te..
beijinhos das nuvens
"não sei a medida certa das palavras que hei-de costurar"
Tira a métrica da fita de cores díspares e as palavras terão a medida onde te acharás aconchegada. Gostei deste teu jogo de palavras que tanto me tocaram.
Beijinhos*
Marta Vasil
Meditei bastante no teu poema. Embora de cariz feminino, contém algo para nos questionarmos, já que tudo o que se escreve tem algo de intencional. Nem que apenas paire no consciente.
Daniel
Ainda estou a pensar no poema. Habilidade no uso das palavras!
Beijinhos
A gentileza e o amor de uma pessoa podem mudar a vida de milhares,por isso neste fim de semana dá a todos que encontrares o amor e gentileza de que precisam.
Óptimo fim de semana...
Beijinho prateado com carinho
SOL
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