Alma encostada à sombra do tempo
num repouso de repasto amarelecido.
Contracções de dor e arremesso de pedras
em despedida do tempo que já passou.
Entrego o pensamento ao futuro
em infinitos ecos a rasgar a terra.
Que desça chuva intensa
e apague rastos do passado.
Que se dispa o frio
e se cubra de uma neblina de poeiras.
Que se acendam relâmpagos
em rasgos amnésicos cegando o passado.
Pouso as mãos no tempo que ainda não chegou
e empresto-lhes a voz em três versos:
O presente não existe!
Que venha o futuro!
Que venha o que havia antes do passado!
MV
5 comentários:
e q tudo isso, represente um renascimento esplenderoso em amor, disipando a dor...bjs
Olá Marta
Vou ser muito sincero (como sempre).
Felizmente tenho vindo a ganhar muita(o)s amiga(o)s na blogosfera. Acabamos por não poder dispensar a atenção, em tempo útil, às pessoas com quem nos vamos relacionando, por falta de tempo, e, por vezes mesmo, de disposição. É já madrugada, vou ordenando as respostas e as visitas.
Perdoe-me por isso, está bem?
A sua poesia é muito intensa, é preciso lê-la com muita atenção e obriga-nos, realmente, a reflectir muito. PARABÉNS.
Beijinhos com muita ternura.
António
"Que venha o futuro!"
Sem dúvida. Seja ele como for.
Cumprimentos
...quando estiver com futuro nas mãos, estará vivendo um presente...
Bonito poema, minha amiga!!!
Beijos de luz e um final de semana muito feliz!!!
Na sombra do tempo encharcada da chuva que caiu ... a poeira e o cheiro a terra molhada revitaliza as raízes ... o futuro iluminado assim de relâmpagos sobre o mar...
Beijinhos das nuvens
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