Emprestei o corpo à noite
com promessas de mo restituir
à primeira luz da manhã.
Levou-o com vendas no olhar
por esquinas amotinadas de amantes
de olhos escondidos e intimidados.
Retirou-lhe os ponteiros do relógio
para as horas sucumbirem.
Inscreveu-lhe nas mão profecias
que prometiam rosas em sorriso
com que o corpo sempre se deitava.
Ao lusco-fusco da manhã
o corpo abotoou a noite ao dia
ficando a promessa por cumprir.
MV
7 comentários:
a noite é mágica para que a entrega seja feita, em viagem de ida, com um novo regressogostei do poema!
Olá Marta
A primeira impressão é a de que este poema é apenas um devaneio de mulher. É necessário lê-lo com a atenção dos sentidos e, então sim, deparamos com um belíssimo e intenso Poema.
Beijinho
António
Olá Marta.
vim agradecer a sua visita ao palavras. Fiquei contente que goste do trabalho que faço lá.
Também gostei do que li aqui. Gostaria de publicar alguams palavras suas. Posso? Se sim, pode enviar-me uma pequena biografia? (palavras.tocam@netcabo.pt). Obrigada.
Beijinhos
Original e bem interessante. gostei
Talvez amanhã...
Beleza e poesia de mãos dadas com a noite e o dia de amantes que se entregam nas mãos dos desejos, saciando vontades...
Beijo
Olá obrigado pela visita ao meu blog. Gostei do teu cantinho um bjoprometo voltar...
GBjo
Fátima
Olá Marta
Só te consigo dizer fantástico!
"...Emprestei o corpo à noite..."
... o corpo abotoou a noite ao dia ..."
Maravilhado com estes versos!
Beijinhos
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