domingo, 5 de outubro de 2008

RAIZES

Colo da terra.

Cemitério de raízes sem vigor.

Raízes abolorecidas

pelo tempo que não as nutriu

pelas palavras traçadas sem esboço

pelas navalhas que as penetraram

pelo amor que não as abalroou

pelas fresas que as gastaram

pelas reminiscências que as olvidaram

pela distância de vida que as apartou.

Raízes sem seiva

no colo da terra.


MV

2 comentários:

Ao Sabor da Poesia disse...

Olá Marta

Estive aqui lendo os teus poemas e quero te dizer que gostei muito da tua escrita e também quero agradecer a sua visita...

beijinhos carinhosos

Tentativas Poemáticas disse...

Olá Marta
Muito obrigado por visitar o meu blogue.
Gostei muito da sua poesia. Não sabia que a Lua já tinha uma dona. Então a Marta deve ser riquíssima ('tou a brincar). A Lua é de toda(o)s as poetisas e poetas. Espero conhecer mais trabalhos seus. Parabéns.
Beijo com carinho.
António