Caíu de espasmo em espasmo
em golpes infringidos pelo vento
o verde da árvore que me erguia vertical.
Deitaram lágrimas as estrelas do céu
apagou-se a luz que tombava do luar
e que me afagava docemente o rosto.
O tempo, com tempo,
foi percorrendo equações circulares
sempre sem teorias de resolução.
Mas hoje…
alvoreceu a manhã como um mar indomável.
E é então que …
semeio o sol na seara da vida.
Ponho as mãos em fuga
de um combate sem aliados.
Sorvo néctares, muitos néctares de vigor.
Pego em flautas e violinos
combato moinhos de vento
e encho pautas musicais
de notas livres como a brisa.
MV
6 comentários:
Marta, a última estrofe está linda, vigorosa e já me semeaste o sol, nesta tarde um pouco nublada.bjs
Poema fortissimo e muito bonito.
Gostei muito. Parabens
Beijinhos
quanta força este poema consegue transmitir?
imensa...
leio e releio...
e saio ao som de:
"Pego em flautas e violinos combato moinhos de vento e encho pautas musicais de notas livres como a brisa."
Marta um beijo de gratidão
Sinto uma enorme dificuldade em conseguir responder ao que acabei de ler! As tuas palavras acabam com as minhas.
Bem, talvez por isso fique só com um comentário simples! Porque adorei a tua maneira de exprimires o que vai aí dentro. É uma sinceridade espectacular! Deste lado, creio conseguir sentir o que sentes ...
Amei mesmo!
Fátima
Cada vez que visito o teu blog fico surpreendido.
Tens uma forte inspiração e imaginação que crias imagens onde por vezes me envolve!
Gosto muito do que escreves e dos teus comentários que dariam novos textos.
Beijinhos Marta
...semear o sol!Só mesmo poetas conseguem isso...
E semeou mesmo nesse belos versos que gostei tanto!
Beijos de luz e o meu especial carinho!!!
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