Ontem fui ilha. Ilha solitária
arquitectada no ermo da vida.
Rodeei-me de mar revolto
em tempestades e intempéries
calcinadas pelo tempo.
Enquanto tecia infinitos incertos
e olhava maresias sem nome
acedi a ser península.
E enquanto a solidão se foi esfumando
no canto das sereias que me possuíram,
fui ficando ligada por sendas
onde deslizei sentimentos em constante agitação.
E com as mãos em flor
linha a linha, ponto a ponto
teci rendas de palavras e poemas
sonhados em bolas de sabão.
Deixei de ser Ilha! Acedi a ser península!
Evacuei-me da solidão.
Mas hoje as sereias só cantam em silêncio.
MV
7 comentários:
Gostei muito do poema Marta, andamos todos à volta do mar ,das ilhas.
Que bom o mar é paz e serenidade
Beijo
Isabel
Marta, todos somos ilhas, ou cada um é uma ilha de mar mais calmo ou revolto.
"Mas hoje as sereias só cantam em silêncio" enquanto a tua poesia gritar tão alto.
Parabéns
José Faria
talvez seja dos melhores poemas que por aqui li...tem mt de introspectivo, orlado a lindas metáforas q te fazem ser...nostalgia...pedaço de solidão...busca de embalo, no coração!
tenho estado sem pc e lá no blog tem postado uma fada amiga, daí não andar a esvoaçar por aqui.
bjs grds e feliz dia!
Não é verdade que só se cantam em silêncio;mas apenas no silênco se fazem ouvir!
Lindo poema!
obrigada por sua visita
KIDA MARTA, TD BEM?
TENS UM DESAFIO LÁ NO MEU BLOG...BJS
http://blogasasanjo.blogspot.com/2008/11/desafio-da-tatie-agora-tambm-meu.html
Olá Marta
Que poesia maravilhosa
Os sentimentos são assim, mares que ficam calmos e outras vezes revoltos....Meus sinceros Parabéns
Beijinhos no coração
Ps obrigado pela tua sempre presença em meu Blog
Parabéns! LINDO DE MORRER. Obrigado por partilhá-lo connosco.
Cumprimentos.
Gonçalo Marques
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