O Sol rompeu por entre as nuvens cinzentas
e as minhas lágrimas não secaram.
O poente do sol vestiu-se de framboesa
e a minha boca não se saciou.
Ofereceram-me pinturas em telas
só traziam paisagens vazias.
Caminhei nas vagas de um mar que cobicei
perderam-se-me os passos na espuma esbatida.
Sentei-me sob fios de lua ardente
apagou-se-me a luz do olhar.
Semeei o céu de rosas rubras
ficaram-me os espinhos nas mãos.
Desenhei palavras a régua e esquadro
os poemas não se formaram.
Sorri à vida em sorrisos largos,
ela devolveu-me lágrimas a fio.
Subi montanhas rumo ao céu
o vento arrastou-me para o sopé.
Teci o teu nome com fios de seda
devolveste-me letras de chita.
Mergulhei em conchas secretas
estavam vazias de pérolas.
Tocaram os sinos em dias de festa
ecoaram-me dobres em gemido.
Deitei as tuas palavras juntas às minhas
adormeceram sempre separadas.
Agarro, de punhos fechados, a amizade
junto-a à força da vida
e venço, assim, tanta adversidade!
MV
6 comentários:
está fantástico este poema - profundo, reflexivo, explícito na lado+negativo q é o termos de superar as adversidades p sermos felizes...boa sorte!bjs luz e paz
É assim!
Com a força é que se vence.
Bjs
Olá Marta
Que poema maravilhoso...
encanta em cada verso é
como se você tivesse colocado
magia e mistério para o garimparmos
até além das linhas...Parabéns!
Beijinhos
A moeda tem sempre duas faces...
O mal está em esperar demais, em elevar as expectativas...
O poema está fantástico, parabéns!
Beijo
Olá marta
Muito obrigado por me visitar. Perdoe se só agora lhe retribuo a visita. Não tem publicado. Desejo que esteja tudo bem consigo.
Beijinho com ternura.
António
fantástico! Cheio de força e determinação
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