Põe-se nos lábios
devagar
com suavidade
para não o magoar.
Aspira-se,
segundo a segundo
lentamente
para um prazer sem prazos.
Ou aspira-se com avidez
para um prazer intenso
como se o tempo
para outro sítio fosse mudar.
Vai ardendo entre os dedos
bem preso para não se soltar
e a deixar marcas
que não se gostam de mostrar.
Vai-se esfumando
perdendo-se em ondas
em fios de nuvens.
Chega ao fim!
Apaga-se!
Deita-se fora!
É como o beijo que não se dá.
MV
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