segunda-feira, 21 de julho de 2008

SAUDADE

Nasceram-me flores nos olhos
para dar cor ao meu jardim,
Nasceram-me sabores indiscutíveis na língua
para apalpar os teus lábios.
Nasceram-me tranças acetinadas nas mãos
para te prender, meu amor.
Nasceram-me asas nos pés
para percorrer distâncias… paralelas
sem princípio nem fim.
Nasceram-me saudades na pele
de me encostar ao teu peito.
E com toda a razão
fugiram as flores, os sabores,
as tranças, as asas
deixando os meus versos em branco.
Só ficou a palavra SAUDADE.

MV

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