Procuro-os, sinto-os, quase os vivo.
Vogam por aqui, por ali
Nos abraços dados à lua
Nas noites escuras em que estou só.
No orvalho transparente
Molhado, sedutor
Caído na folhagem.
Nas lágrimas quentes e loucas
Gritadas bem alto
Ou abafadas no meu silêncio.
Vogam para cá e para lá
Enleados nos braços do pensamento
Atados às minhas mãos
Com algemas de ternura
A caminho do céu cinzento.
Vogam na sombria madrugada
Colorida e desbotada.
Vogam… e vogam…
Nas nuvens voadoras sem asas
Nas estrelas do meu olhar
Na terra viva e quente
Na chuva muda e cantante
Nos passos quietos e andantes.
Onde vogam os meus delírios?
MV
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