Se eu fosse um novelo
era feito de fios de ternura
que desenrolava
para tecer uma manta
de cores vivas de esperança
e de sabores de me encontrar.
Tapava as lágrimas
que abrem o meu chorar,
cobria os cinzentos
da ambiguidade da minha vida,
prendia os braços
que teimam em agarrar os sonhos
que não me deixam descansar.
Tapava tudo o que me inquieta
e fazia as minhas palavras gritar:
nunca mais te vais voltar a enovelar.
MV
1 comentário:
Olá Marta,
Oxalá o novelo exista em cada um de nós, porque é bonito e de cores vivas.
Este poema, único, mostra um coração terno.
Obrigado pela partilha e pelo desejo de mudar o que está menos bem!
Abraço
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