Não quero incertezas bordadas a tormentas
Não quero pele queimada pela inquietação
Não quero fios tecidos com limalhas
Não quero luzes a atraiçoar o fulgor da vida
Não quero sonhos sonhados em lençóis de mágoa
Não quero brindes feitos em taças de fel
Não quero poemas de palavras sem rima
Não quero paletas sem cores de matizes sonoras
Não quero músicas que acordem a noite do corpo
Não quero tábuas talhadas nas fresas da incerteza
Não quero mais emoções a dar vida à saudade.
Quero o que não quero
MV
3 comentários:
Marta Vasil
Gostei do teu poema, é uma outra forma de dizer: não, não e não, mas é certo que encerra uma certa força de querença, de mente fortemente realista.
Beijos
Daniel
Vai atrás do teu sonho...dá um passo de cada vez, não te detenhas, continua a escalada, pois lá xegarás...Feliz semana.Se
estás de férias apenas aproveita e, GOZA muito...
Beijinho prateado
SOL
Gosto deste tipo de poemas!
E fez-me pensar que na Vida - por vezes - sabemos o que não queremos, mas não sabemos o que queremos!
Há muito que isso não me acontece!
Beijão
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