Meio-dia já a descansar.
Pés afadigados.
Um silêncio fechado.
Roseiral a pintar o momento.
Olhar já gasto preso na rosa encarnada
de cheiro a embebedar, de cor a viciar.
Sem lágrimas
a rosa deixa-se colher.
Esfarripa o silêncio
inventa segredos.
Sobrevoa o oceano.
Agita as ondas
em limalhas dúbias.
Desembarca.
Ilustra uma página
cedendo-lhe o corpo.
Num marcador
compõe uma história musical
ainda por cantar.
Foge na poeira da tarde.
Viaja agora por terra
para noutras mão descansar.
MV
2 comentários:
Olá ... obrigada pela visita às nuvens...
A roseira inventa mesmo segredos e desvenda-os nas melhores alturas... beijinhos das nuvens
...muito lindo! Gostei do seu poema...
Beijos de luz e o meu agradecimento pela tão gentil visita!
Enviar um comentário