quinta-feira, 14 de agosto de 2008

ROSA

Meio-dia já a descansar.

Pés afadigados.

Um silêncio fechado.

Roseiral a pintar o momento.

Olhar já gasto preso na rosa encarnada

de cheiro a embebedar, de cor a viciar.

Sem lágrimas

a rosa deixa-se colher.

Esfarripa o silêncio

inventa segredos.

Sobrevoa o oceano.

Agita as ondas

em limalhas dúbias.

Desembarca.

Ilustra uma página

cedendo-lhe o corpo.

Num marcador

compõe uma história musical

ainda por cantar.

Foge na poeira da tarde.

Viaja agora por terra

para noutras mão descansar.


MV

2 comentários:

f@ disse...

Olá ... obrigada pela visita às nuvens...
A roseira inventa mesmo segredos e desvenda-os nas melhores alturas... beijinhos das nuvens

mundo azul disse...

...muito lindo! Gostei do seu poema...


Beijos de luz e o meu agradecimento pela tão gentil visita!