Tombaram do azul da noite
palavras presas nas sílabas do calor
cantadas em auréolas de fogo quente
atadas com fio de chamas vibrantes.
Arrastavam uma sombra
de pedras quentes
e de ondas a inflamar,
uma cauda de temor
a macular a alvorada de amanhã.
Eram palavras cheias…
que eu quis despir
na crepitação do amor
nos estalidos dos sonetos.
Não fui capaz!
Serpentearam-me no peito
nos olhos, na boca, nas mãos
nos trilhos apertados do desejo
nas veredas aveludadas de saudade.
MV
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