Descansa vento!
O vento amaina aos brados da papoila.
Papoila escarlate, papoila mulher.
Em trejeitos de nuvem acabrunhada
baixa as pétalas para se mostrar.
Admirada a lua enrubesce
acanham-se os olhos da noite
a rã coaxa em voz sumida
as cigarras abrigam o canto nas asas
a noite turva-se em pretidão.
A papoila muito corada
cerra os olhos envergonhados
e dança… dança …
de cara destapada.
MV
4 comentários:
Olá poetisa
Doce é a tua poesia...Parabéns
Obrigado pela tua visita...
Beijinhos no coração
Marta Vasil
De aparência modesta de dia, a animação da papoila exerce-se de noite.
Ma suavidade do teu verso a papoila fica esperando a noite, para poder dar aso à sua alegria de vicer.
Daniel
Olá Marta Vasil
Viajando pela net de blog em blog descobri este espaço precioso e sempre que posso volto. Assim convido-a a aderir ao Luso-poemas onde poderá partilhar estes belos momentos. Pense nisto, Marta, pois seria uma honra recebe-la por lá (se não conhece basta pesquisar na google).
Beijos
Obrigada Paulo pelo convite. Senti-me um bocadinho confusa e, claro, honrada.
Vou navegar pelo Luso-Poemas, conhecer esse espaço melhor, pensar se me hei-de desviar do objectivo que fez nascer este blog.
Um beijo grato,
MV
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